sexta-feira, 16 de outubro de 2009

" A dor nos torna semelhantes "

Meus ossos corroem a alma, o corpo estremece com a batida do coração e o pulsar do sangue que jorra nas veias são como as aguas ferventes que queimam a própria carne, já as lágrimas são como fel que rasgam meu rosto como se fosse pingos ácidos em uma noite que parece não ter fim, a garganta arranha e engasga com a palavra fúnebre da solidão e a face envolto de sua apatia barata e abstrata segue as vozes sombria e escura sussurarem no ouvido, as mãos e braços são como asas sem abraços que se juntam aos lábios com gosto amargo do fel que nao sentem a alma tocar o céu e tampouco vêem nos olhos a luz que um dia acreditaram ter.